sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

I'm ready, 2014!


Eu já fui de fazer retrospectivas. Longas! 

E fui de acreditar em certos rituais na virada do ano. E fazia todos!

Faço parte da estatística de 11 a cada 10 mulheres que prometem emagrecer no ano novo e que antes que Fevereiro comece, já engordaram 2K dos 500g perdidos!

Sou dessa gente que no exato minuto da virada do ano, faz o sinal da cruz, agradece pelo ano que acabou - seja em agradecimento mesmo ou seja de alívio! - e, em segundos, faz uma prece aos altos pedindo um ano bom.

E eu sou essa pessoa que está desde o dia 31 para vir aqui escrever alguma coisa sobre o tal ano novo. Mas, paradoxal que sou, estava caminhando numa linha tênue que separa a esperança e o entusiamos pelo novo e a precoce realização de que tudo continua na mesma. E os três primeiros dias de 2014 estão bem assim: reflexivos da minha parte. Entre altos e baixos, todos bem momentâneos. Tenho pensado muito no que quero, no que tenho capacidade de fazer, no que quero deixar pra trás, nas promessas não cumpridas em 2013 e que, impreterivelmente, terão que ser cumpridas em 2014. Tenho pensado muito se nesse momento minha prioridade é o pessoal ou o profissional e, nesses dias, me descubro cada vez mais apaixonada e empolgada com a minha empresa. Mas, ao mesmo tempo, quero alguém pra dividir tudo isso: a minha empolgação, minhas descobertas, minhas ideias, minhas novas receitas. Ou seja, me sinto brincando em dois pula-pulas simultaneamente. Vou de um pro outro, com pensamentos mais altos - e além! - que posso. Em resumo, 2014 precisa funcionar em todos os âmbitos. Tudo num pula-pula só.

Agora há pouco, quando resolvi sentar aqui e escrever (ainda continua sendo meu melhor meio de comunicação com os outros e comigo mesma!), é porque eu estava analisando umas ideias e pensando em como colocá-las em prática e me dei conta de como algumas coisas que eram tão importantes, a cada dia mais perdem essa importância e vão se tornando só mais um rito pelo qual eu tive que passar nessa vida. Então... Bem, eu sei que já falei isso em anos interiores, mas a maturidade deve servir para alguma coisa. Então, definitivamente, depois de um respirar bem fundo e totalmente consciente de todos os obstáculos e dificuldades que terei para colocar tudo o que eu quero em prática, posso dizer: 2014 é o ano que eu escolhi para ser meu!

Ah, mas todo mundo está com o mesmo pensamento que você! É Ano Novo, afinal! Tá, pode até ser... O que provavelmente não aconteceu com ninguém ou, pelo menos, com a maioria, é estar cheio de esperança no primeiro dia do ano e já no segundo dia, pensar que sua vida continua a mesma merda de sempre e assim sempre vai ser. 

O que me leva a pensar que no terceiro dia do ano eu estou aqui cheia de esperanças novamente e no dia quatro vou continuar mantendo a esperança e não mudar como aconteceu anteriormente? Bem, tudo é possível. Mas a poucos dias de completar 31 anos, o que me faz acreditar que esse será o meu ano é o fato de que eu acredito que tem uma única força capaz de mudar a minha vida, mas Ele só mudará se eu fizer a minha parte. Essa força é Deus. Do resto, as pessoas podem me apoiar, podem me elogiar, me dar força. Mas a verdade é que elas não poderão mudar nada na minha vida se eu, como responsável por ela, não promover a mudança. Começando por mim. De dentro pra fora.

2012 e 2013 foram anos terríveis! Tive momentos felizes? Tive, sim. Mas foi bem complicado e constrangedor e até bem triste pedirem para eu escrever em um pedaço de papel todos os motivos que eu tinha para dar ação de graças por 2013 e eu devolver o papel em branco. E quando me perguntaram porquê, eu disse que a única coisa pela qual eu estava agradecida a 2013 é que ele tava acabando. Se isso servisse, eu poderia escrever. É, eu sei... Soa bem egoísta isso! E eu até sei que tenho pelo quê agradecer. Mas o ano chegou ao final com uma carga tão pesada em cima de mim que eu, simplesmente, não consegui. 

Mas quando paro pra pensar - e dói muito pra admitir isso! - se os dois últimos anos foram tão ruins assim, é lógico que teve bastante filho-da-puta passando por ela e alguns momentos/acontecimentos que fugiram do meu controle, mas eu tenho que tomar as rédeas da minha vida e assumir que 90% dessa turbulência toda foram minha culpa! Eu sou senhora do meu destino, certo? Então, é aquela velha história, aquela velha psicologia de internet de que você não pode evitar que as pessoas te magoem, mas você pode decidir como se comportar quanto a isso. 

Eu não posso impedir a morte de algumas pessoas que amo e, óbvio que vou sentir saudades, mas pra que eu tô todo santo domingo dentro de uma igreja se ao invés de continuar com a minha vida e rezar por suas almas, eu estou morrendo junto com elas? Não dá pra ser rica da noite pro dia (talvez, nem dê pra ser rica um dia), mas eu escolho como controlar o que ganho, certo? Então, se eu estou gastando mais do que recebo, não é meu dinheiro que é pouco. É minha irresponsabilidade em controlar minhas finanças que é grande demais. Me sentir mal em algumas situações por causa do meu corpo? Ué, se a academia está cara, a rua do meu bairro, uma grande avenida reta é gratuita e ninguém está me obrigando a comer açúcar, gordura e todas essas coisas. Estou com vergonha de já ter quase 31 e ainda não ter uma graduação? Bom, surpresa!!! Quanto mais esperar, mais velha vou ficar. Não está dando pra pagar a mensalidade agora? Obrigada, Governo, por criar o FIES, correto? Ah, as minhas habilidades pra confeitaria também não surgirão em sessões de hipnose ou após uma boa noite de sonho. Se eu não levantar dessa cadeira e ir atrás de um curso específico, receio que continuarei fazendo coisas deliciosas, mas não estarei apta a ir para o próximo nível. Como me sentir sozinha se eu tenho os melhores amigos perto e longe? Uma boa ideia é eu parar de desculpas, parar de colocar a culpa na falta de grana e aceitar os convites que sempre chegam e eu retorno com um "ok, um dia a gente vê isso...".

Sou eu que me entrego demais às emoções. Sejam elas boas ou ruins. E como os anos foram ruins, bem... Sou eu que deixo de fazer coisas que adoro e que são super simples, mas capazes de me fazerem bem pra alma danado, por preguiça, por estar me vitimizando por algo que alguém fez comigo. Sou eu que me olho no espelho e não enxergo tudo que grandes amigas falam que eu sou. E, modéstia a parte, elas estão tão certas. Por que eu me nego a acreditar, ver, aceitar tudo isso?

Eu sou incrível. Sou inteligente, engraçada, gosto do simples, sou guerreira, sou forte (o final de 2013 que o diga!), sou puro amor (sim, eu sou!), sou família, sou dependente, sou independente, sou gentil. De que merda de mundo eu tirei que minha vida é uma droga?

No mundo real, nesse mundinho mesmo atual, eu acabo de aprender que minha vida não é uma droga. Eu fiz dela uma droga E eu vou fazer dela o máximo nesse ano. Novamente, coisas fora do meu controle acontecerão. Pessoas chegarão e irão. Outras, permanecerão. Nem tudo será sorrisos. Rá! Não mesmo! E o que eu vou fazer depois que essas coisinhas chatas acontecerem? Bem, eu vou tirar um dia (não mais que isso!) pra chorar. Quando acabar, vou tomar um banho frio, passar meu perfume preferido, fazer uma oração, tomar um chá ou um leite quente e sentar no sofá e ver um filme ou dirigir ouvindo meu CD favorito. E vou ter uma crise de riso. E tudo irá recomeçar de novo. Porque, finalmente, que seja através da dor, é preciso aprender que não há mal que dure pra sempre, que não há tempestade que não seja prosseguida de sol e que não há oração sem resposta. E que eu sou muito apressada. Mas Ele já me provou diversas vezes que o timing dEle é perfeito!

Nasceu 2014. O meu ano. O ano da (minha) fé. O ano em que eu vou precisar de um caderno ao final dele para colocar todos os motivos pelos quais eu tenho que dar ação de graças. No dia 31/12/2014, o meu papel não irá retornar em branco! Porque 2014 me trouxe 365 novas oportunidades. E, honestamente, eu não estou a fim de desperdiçar nenhuma delas!

Um beijo, vida!

Eu, paradoxo. E que paradoxo seja!



Enquanto escrevia, lembrei de duas músicas que eu amo e que tenho cantando "at the top of my lungs", como diria o John Mayer, porque fazem todo o sentido nessa fase. Lembrar de colocá-las no pen drive e sair pra dirigir na minha orla favorita do mundo ouvindo e cantando bem alto:

Roar - Katy Perry
"I've got the eye of the tiger
I'm fighter
Dancing through the fire
'Cause I am a champion, and you're gonna hear me 'roar'"


Lotus - Christina Aguilera
"Songbird, rebirth, unearth creature
Submerge from hurt, pain, broken pieces
Emergency, heartbeat increases
Rise up, Lotus, rise
This is the beginning
(...)
To the sky I rise
Spread my wings and fly
I leave the past behind
And say goodbye to the scared child inside
I sing for freedom and for love
I look at my reflection
And embrace the woman I've become
The unbreakable lotus in me
I now set free"